quinta-feira, 26 de junho de 2014

Acir diz que recursos da dívida do Beron vão ajudar Rondônia a se recuperar da enchente do rio Madeira


Acir com o ministro Ricardo Lewandowski e o governador Confúcio Moura
O senador Acir Gurgacz (PDT) comemorou a decisão do STJ em suspender a dívida do Beron. Para Acir, a decisão é uma grande vitória para Rondônia, uma vez que o Estado terá mais recursos para se recuperar dos prejuízos causados pela enchente do rio Madeira, bem como para honrar seus compromissos com fornecedores, com os servidores e também para investir no desenvolvimento do Estado. “Estamos juntos com o governo do Estado nesta luta desde 2011, e usamos todos os recursos judiciais e políticos para sensibilizar a Justiça em suspender essa dívida que é injusta, pois já pagamos mais do que devíamos”, avalia Acir.
Acir discute suspensão da dívida do Beron no STF
Acir lembra que esteve por diversas vezes em audiência com o ministro Ricardo Lewandowski, e com técnicos do Supremo Tribunal Federal (STF), para discutir os possíveis caminhos para a suspensão da dívida. “Chegamos a transferir a negociação para a Câmara de Conciliação e Arbitragem Federal (CCAF), e apesar da disposição do STF não chegamos num acordo com a União”, lembra Acir. “Agora, com o decreto de calamidade pública em Porto Velho e de emergência em todo o Estado, por conta da cheia do Rio Madeira, conseguimos sensibilizar o STJ”, comemora Acir.
O senador considera que a vitória de Rondônia teve como grande aliado o ministro Ricardo Lewandowski, que já era favorável a uma negociação amigável com a União no STF. “Foi o ministro Ricardo Lewandowski que indicou a Câmara de Conciliação e graças a seu empenho conseguimos esta vitória no STJ”, avalia Acir.
Um dos argumentos da solicitação de suspensão é que, segundo perícia, boa parte da dívida do Beron foi acumulada por erros do Banco Central durante os três anos em que interveio no banco rondoniense por meio do Regime de Administração Especial Temporária (RAET). Segundo o governador Confúcio Moura, o estado de Rondônia, em face das altas taxas de juros,  já pagou valores que superam a  dívida real do banco.
ENTENDA O CASO - A dívida do Beron, adquirida na década de 1990, ainda vai gerar prejuízo ao cofre estadual até 2028. Pelo menos essa é a previsão do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O débito ultrapassava R$ 2 bilhões e ainda resta R$ 1 bilhão a serem pagos em parcelas mensais de R$ 13 milhões.

O problema foi acarretado pela má gestão da instituição financeira, que na década de 1990 sofreu intervenção do Banco Central. O Banco Central interveio na administração do Beron em fevereiro de 1995. Nessa época, apuraram que o banco estava com um saldo negativo, avaliado em cerca de R$ 100 milhões. Para saldar a dívida e arcar com encargos, era necessária uma quantia de R$ 502 milhões.
Em 1998, após uma perícia do TCE, foi verificado que um rombo de R$ 345 milhões, deixado pelo Regime de Administração Especial Temporária (Raet) do BC, se juntou com a dívida já existente na instituição.
Em 2002, foi feito um pedido para revisão da dívida. Na época, o TCE preparou uma tese para defender a situação do Estado perante a dívida. Após expor a tese no Congresso Nacional, foram reconhecidos os problemas na administração do BC no período de 1995 a 1998.
O Congresso Nacional emitiu uma resolução de suspensão de pagamento da dívida, no mesmo período, que não foi cumprida pela União e ainda corre processo sobre julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

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